quinta-feira, 27 de maio de 2010

AMOR NÃO ILUMINADO

            Amor não significa necessariamente liberdade. Deveria - é o ideal.
            Lembre-se sempre: se você amar alguém com consciência, somente então será uma benção.


                 O amor pode ser destrutivo de muitas maneiras, porque o amor não é necessariamente iluminado. Uma mãe ama o filho, e todo o mundo está sofrendo porque as mães amam seus filhos. Pergunte aos psiquiatras, aos psicólogos. Eles dizem que toda neurose pode ser reduzida ao relacionamento mãe-filho. Muitas pessoas, nos hospitais psiquiátricos, estão sofrendo de amor. Os pais amam seus filhos, os sacerdotes amam, os políticos amam.  Todos estão amando, mas o amor não é necessariamente iluminado.

                 Quando o amor é iluminado, ele é compaixão. Então, ele é de uma qualidade totalmente diferente. Ele lhe dá liberdade. Toda a sua função é dar liberdade, totalmente. E ele não só fala de liberdade, mas também faz todo o esforço para torná-lo livre e para destruir todos os obstáculos no caminho da liberdade.

                  Assim, o amor pode existir, mas, se ele não for muito alerta, ele será destrutivo. O amor sozinho não é suficiente, ou o mundo já se teria tornado um paraíso. Você ama seu parceiro, seu parceiro o ama, mas o que acontece afinal? Nada, exceto destruição. Seu amor está certo, mas você não está certo. Existe algo no fundo do inconsciente que fica criando coisas das quais você não está ciente.

                 Não digo que o amor deveria ser negado, mas o amor não deveria vir primeiro. A consciência deveria vir primeiro. O amor precisa seguir como uma sombra.

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