sábado, 4 de setembro de 2010

SONETO DE VÉSPERA



(Vinícius de Morais)



Quando chegares e eu te vir chorando


De tanto te esperar, que te direi?


E da angústia de amar-te, te esperando


Reencontrada, como te amarei?






Que beijo teu de lágrima terei


Para esquecer o que vivi lembrando


E que farei da antiga mágoa quando


Não puder te dizer por que chorei?






Como ocultar a sombra em mim suspensa


Pelo martírio da memória imensa


Que a distância criou - fria de vida






Imagem tua que eu compus serena


Atenta ao meu apelo e à minha pena


E que quisera nunca mais perdida

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