"Ainda ontem pensava que não era mais do que um fragmento
trémulo sem rítmo, na esfera da vida.
Hoje sei que sou eu a esfera, e a vida inteira em fragmentos
rítmicos move-se em mim.
Eles dizem-me no seu despertar:
"Tu e o mundo em que vives não passais de um grão de
areia sobre a infinita de um mar infinito."
E no meu sonho eu respondo-lhe:
"Eu sou o mar infinito,
e todos os mundos não passam de grãos de areia
sobre a minha margem."
Só uma vez fiquei mudo.
Foi quando um homem me perguntou:
"Quem és tu?"
(Kalil Gibran)
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