Queria tanto estar junto a ti, poder tocar-te a pele macia,
sentir o calor de teus braços, os meus aos teus envolvendo,
acariciar-te a nuca, sussurrar em teus ouvidos, oh! agonia,
palavras não descrevem, tudo aquilo que estou perdendo!
Um olhar, doce, tranquilo, sorridente e profundo,
cativante como o raiar da aurora, quero correr,
sentir a brisa fresca da manhã, quero respirar, teu perfume
a me atrair, me chamar, preciso viver, estes momentos sem
tempo ou espaço, desejo te amar, te beijar, te falar, pois és
minha vida, meu mundo!
E com outra vez a madrugada, e meus dedos voam a
martelar estas frases em negro, contra o branco desta tela
sem alma, seguro na garganta meu pranto,
faltam-me as cores da tua presença, e aquele manto de paz
e caminho com que me abrigas, me envolves, e as palavras
doces com que minhas mágoas dissolves, lembranças de ti,
de nós, em minha cabeça ecoam!
Tão simples, tão seguras, como um regato cristalino,
sem adornos, que não esparsas penhas desgastadas, a
testemunhas o correr das águas, persistência, sempre na
faína de moldar, sem perder a inocência, seu caminho na
terra, margens suaves, relvadas, onde ainda é criança, este
coração de menino!
(Golden)
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