quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A IMPORTÂNCIA SOCIAL DA ADVOCACIA

               Nobre e régio labor, paladino dos injustiçados, guardião da legalidade e elemento indispensável à administração da justiça, o advogado, em face de sua tradição milenar de saber e experiência, sempre despertou - como ainda desperta - respeito e confiança por parte da sociedade. Em contrapartida, a advocacia constitui múnus público, vale dizer, um ônus, um encargo imposto pela lei ao advogado, em proveito da sociedade.

           Importante assinalar, antes de tudo, a garantia jurídica que situa a Advocacia como profissão, demonstrando a certeza de sua existência, sua validade e suas nuances.  Essa certeza encontra-se no documento jurídico mais importante do Estado brasileiro: a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

           A Advocacia não está conceituada na CRFB/1988, de forma que se pode observar as características dessa profissão pela atenta leitura do artigo 133, estabelecendo que "o advogado é indispensável à administração da Justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão nos limites da lei."  Assim, se poderia dizer que, em se tratando da elaboração de um conceito operacional para a categoria Advocacia para o Direito brasileiro, deve-se embasar, antes de tudo, nas características constitucionais desse mister, nas qualidades e funções atribuídas constitucionalmente aos seus integrantes:  os Advogados.

           O Advogado deve buscar sempre a atualização profissional e o aperfeiçoamento, moral, ético e social.

           Ser Advogado é ser bom, quando necessário. Ser justo, sempre. Ser intransigente com a injustiça e a ilegalidade. Ser solidário com o inocente e ser duro com o infrator. Hoje comemora-se o dia Nacional dos Advogados, comemora-se este dia, por revelar o papel de importância de todos esses profissionais na sociedade.

            É preciso advogar por todas as causas. 

            Das causas ditas perdidas, advogar a esperança.

            Das causas ditas ganhas, advogar a perseverança.

            E quando não se acreditar na Justiça,

            Que se faça uma revolução otimista.

            Revirando o preconceito, a injustiça, a rivalidade;

            Advogando em busca de alguma verdade,

            Ainda que haja desavença.

            Existe um lugar para crença.

            Pois, advoga-se por acreditar.

            E é preciso sempre advogar.


            Como assim dizia:

                                    "Rudolf von Jhering"


                        "O artífice, o médico e o advogado têm missões diferentes; mas a honra de todos impõe-lhes, que as cumpram dignamente, que lhes consagrem todas as suas energias. O esquecimento dos seus deveres é uma vergonha.  Ao artífice capaz repugna entregar uma obra mal acabada, precisamente como o médico e o advogado conscienciosos põem a sua honra em não abandonar os respectivos clientes.  Para julgar um homem, para determinar o seu valor social, o mundo considera em primeiro lugar o modo como ele exerce a sua profissão."



                Pelotas, 11 de agosto de 2010.


                      José Pedro Granero
                      Advogado
                      OAB/RS- 73217

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