sábado, 7 de agosto de 2010

SER LIVRE...

            Ninguém recebe liberdade numa bandeja. Você mesmo tem que conquistar a sua.  Se alguém a concede a você, não é liberdade, absolutamente, mas a esmola de um benfeitor que, invariavelmente, pedirá um preço em troca.

                        O que é liberdade?...

            Liberdade significa que não há obstáculo a que você dirija sua vida da maneira como quiser. Se assim não for, será apenas uma das formas de escravidão. Se você não pode, sem restrições, fazer opções, viver como quiser, fazer o que quiser com seu corpo, então você não exerce o comando de que estou falando e, em essência, está sendo vitimado.

            Ser livre não implica renegar suas responsabilidades com seus entes queridos e seus concidadãos.  Na verdade, inclui a liberdade de resolver ser responsável. Mas, em momento algum, é ditado que você tem que ser o que os demais querem que seja, quando os desejos deles colidem com o que você mesmo quer.  Você pode ser responsável e livre.  A maioria das pessoas que tentarão lhe dizer que você não pode, que rotularão de  "egoísta" sua campanha pela liberdade, terão algum grau de autoridade sobre sua vida e, na realidade, estarão protestando contra a ameaça que você passa a representar para os grilhões que permitiu que elas lhe impusessem.  Se efetivamente conseguiram o feito de que você se sinta egoísta, contribuíram para que se julgue culpado e, mais uma vez, para imobilizá-lo em sua totalidade.

          Se você não for o senhor (a) de si mesmo, você não é livre.  Não precisa ser visivelmente poderoso (a) e exercer influência sobre os demais a fim de ser livre, nem intimidar os demais e ainda mesmo, forçar os demais à submissão para provar sua superioridade.

          As pessoas mais livres deste mundo são as que possuem o senso de paz interior. Elas simplesmente se recusam a serem influenciadas pelos caprichos dos demais e, com tranquila eficiência, dirigem sua vida. Estão livres de definições de cumprimento de formalidades, segundo os quais - documentos ou papéis; têm que se comportar desta ou daquela maneira porque gozam de liberdade de respirar o ar que escolherem, onde escolherem, pouco se lhes dando como os demais se sentem a respeito de suas decisões que tomaram.

          Responsáveis, sim, mas não escravos de interpretações egoístas do que seja a responsabilidade.

           Liberdade é algo em que você tem que insistir.

           Insisto de que liberdade é algo, é a escolha feita. Você escolhe a liberdade quando começa a elaborar uma constelação inteira de atitudes e comportamento de não-vítima em libertação, e não a escravidão às circunstâncias, transformar-se-á num hábito interior quando você praticar conduta que exige liberdade.

           Talvez a melhor maneira de conseguir liberdade na vida seja lembrar sempre que jamais deve depositar confiança total em pessoa alguma que não você mesmo, quando se tratar de dirigir sua vida.  Isto não deseja dizer a você que sua liberdade  deva ou pretenda  de modo algum, insinuar que você deva isolar-se dos demais. Muito pelo contrário, as não-vítimas são quase sempre pessoas que se divertem na companhia ou presença de outras pessoas. Comportam-se de maneira animada e sociável  e sentem-se muito seguras em seus relacionamentos, porque se recusam a permitir que sua vida seja dirigida por quaisquer manipuladores. Não precisam de rispidez, nem de posturas diferenciadas porque aprenderam a sentir, de dentro, que "esta é minha vida, só eu posso experimentá-la e é muito curto meu tempo na Terra."        

           Não posso e nem devo ser propriedade de ninguém.  Preciso estar sempre alerta para qualquer tentativa de me privar do direito de ser eu mesmo. " Se me ama, você me ama pelo que sou, não pelo que você quer que eu seja." 

                 Sair de suas armadilhas de vitimação implica, acima de tudo, desenvolver novos hábitos.  Hábitos sadios são aprendidos da mesma maneira que os nocivos, pela prática - depois que você se tornou consciente do que vai praticar.

           Muito embora você não precise sempre ter as coisas a seu modo em tudo o que faz, pelo menos pode esperar não ser perturbado, imobilizado, ou lançado num estado de apreensão a respeito de tudo o que acontece em sua vida.

           Elimine as armadilhas que se apresentam em que você é aprisionado ou controlado pelos demais; ou em que se sente desnecessariamente frustrado com a maneira como resultam as decisões que toma.

            Analisar situações significa estar alerta e desenvolver um novo tipo de inteligência que, com a maior naturalidade, evita que você seja objeto de abuso.

             O ato de avaliar experiências de vida será mais fácil se você conservar um ouvido atento para as palavras e frases que usa, tanto
em seus pensamentos como na fala, e que quase sempre avisam que você está pedindo para ser vitimado.


                      José Pedro Granero - Pelotas/RS-Brasil
                      Advogado
                      OAB/RS - 73217

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