sábado, 14 de agosto de 2010

SONETO DO AMIGO (POEMA DE VINÍCIUS DE MORAES)

"Enfim,  depois de tanto erro passado.

  Tantas retaliações, tanto perigo.

  Eis que ressurge noutro o velho amigo

  Nunca perdido, sempre reencontrado.


  É bom sentá-lo novamente ao lado

  Com olhos que contêm o olhar antigo

  Sempre comigo um pouco atribulado

  E como sempre singular comigo.

  Um bicho igual a mim, simples e humano

  Sabendo se mover e comover

  E a disfarçar com o meu próprio engano.

  O amigo: um ser que a vida não explica

  Que só se vai ao ver outro nascer

   E o espelho de minha alma multiplica..."



         (Poeta Vinícius de Moraes)

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