sábado, 29 de maio de 2010

O VERDADEIRO AMOR

                       Conta-se que um senhor idoso chegou a um consultório médico para fazer um curativo em sua mão, que apresentava um corte profundo. Demonstrando estar muito apressado, solicitou urgência no atendimento, pois tinha um compromisso.

                        O médico que o atendia, curioso, perguntou ao paciente o que tinha de tão urgente para fazer. O simpático velhinho disse-lhe que todas as manhãs visitava sua esposa que estava em um abrigo para idosos, com mal de Alzheimer em estágio muito avançado.

                        O médico, muito preocupado com o atraso do atendimento, disse:
                        - Então hoje ela ficará muito preocupada com sua demora?
                        Ao que o senhor respondeu:
                        - Não, ela já não sabe quem eu sou. Há quase cinco anos não me reconhece mais.
                       
                        O médico então questionou aquele ancião:
                        - Mas, então, porque tanta pressa e necessidade em estar com ela todas as manhãs, se ela já não o reconhece mais?
                        O velhinho deu um sorriso sereno e, batendo de leve no ombro do médico, respondeu:

                        - Ela não sabe quem eu sou. Mas eu sei muito bem quem ela é!

                        O médico teve de segurar suas lágrimas enquanto pensava...

                        ... É esse o tipo de amor que quero para minha vida.


                        O verdadeiro amor não se resume ao físico, nem ao romântico.
                        O verdadeiro amor é aceitação de tudo que o outro é...
                        De tudo que foi um dia... do que será amanhã... e do que já não é mais!

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