quinta-feira, 13 de maio de 2010

OLHAR PARA INTERIOR

            O ser humano é barroco, é uma arte do exagero, é uma pedra bruta para ser esculpida. Não dcvemos acrescentar nada à nossa consciência; devemos, sim, esculpir a nós mesmos, retirar os excessos. Somos como mármore, esperando para ser esculpido. O artista nada acrescenta à rocha que trabalha, apenas retira o excesso e dá forma ao que antes era confuso e rústico; realça o que anteriormente ficava escondido pelo ego e pela falsa consciência. Devemos olhar para nosso interior, nos espiar por dentro, sentir e conhecer de onde brotam nossos desejos, nossas angústias, e observá-las para descobrir o real motivo de nossos apegos a este mundo. Nossa vida aqui é apenas um milésimo de nada comparada à grandeza do universo e seus trilhões de anos. Somos prepotentes e mesquinhos em nosso desejo de imortalidade, e não de eternidade, de reconhecimento e não de valor. Somos passageiros de um trem cujo maquinista não conhecemos. E nunca saberemos em que estação ele nos deixará.    

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